Crianza, Reserva e Gran Reserva
A Espanha sempre teve orgulho de suas tradições nacionais e suas vinícolas resistiram bravamente à internacionalização do estilo “oaky” do vinho Chardonnay e do super tânico Cabernet Sauvignon. Os vinhos “top” desse maravilhoso país Mediterrâneo continuam sendo produzidos com a variedade de uva nativa e ao melhor estilo espanhol.
Os vinhos de maior sucesso em cada categoria de preços são os tintos, principalmente aqueles produzidos com a variedade Tempranillo, que está presente e impera nas regiões de Rioja, Ribera Del Duero, Navarra e Toro. Cabernet Sauvignon começou a ser utilizada nessas regiões em “assemblage” com a típica Tempranillo, enquanto outras variedades locais contribuem para o distinto caráter dos vinhos das regiões de Penedés, Priorato e Somontano. As leis espanholas que regulamentam a produção dos vinhos são similares as leis francesas de “appellation”, onde as melhores regiões e vinhedos são delimitados e regulamentados.
A maioria das “Bodegas” produz vinhos tintos em quatro níveis de qualidade, que correspondem ao tempo de envelhecimento que o vinho passa, em barris ou garrafa, antes de ser colocado à venda. Em ordem crescente de idade, e de preço, são: Sin Crianza ou Joven, Crianza, Reserva e Gran Reserva.
Abaixo os selos que vem estampados na parte de trás da garrafas dos vinhos elaborados na DOCa Rioja.
Os vinhos que levam no rótulo “Joven” são liberados para venda no ano seguinte da safra; geralmente são produzidos pelo processo de maceração carbônica e são leves, para o dia a dia. Para escolher um vinho de melhor custo-benefício, maior frescor e aroma frutado, procure por um “Crianza”, que passam no mínimo um ano envelhecendo em barricas de carvalho. Já um “Reserva” passa pelo menos três anos entre barricas e garrafas antes de chegarem ao mercado. Os “Gran Reserva” são vinhos envelhecidos por um período de cinco anos e devem passar, pelo menos, dois anos em barricas e dois anos em garrafa.
Essas classificações servem para os vinhos da Espanha e só! No Chile ou na Argentina, por exemplo, não existe uma regulamentação oficial quanto ao uso do termo Reserva ou Gran Reserva.
Veja duas opções de vinhos espanhóis, sugeridas pelo Sommelier Gianni Tartari:
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